As nossas terras situam-se no Douro Superior, na região de Foz Côa, onde entre as margens dos rios Douro e Côa, se espalham por cerca de 110 hectares de vinha, olival, amendoal, árvores de fruto, colmeias, pastagens e mata mediterrânica.
Nas terras altas de Foz Côa e no Vale da Veiga, que vai de Foz Côa até ao rio Douro, temos quintas em diferentes localizações o que nos permite ter uma variedade de vinhas que diferem em altitude, inclinação, tipo de solo, exposição solar, castas e idades.
As nossas vinhas, algumas centenárias, são cultivadas segundo sistemas de produção ambiental integrada com total respeito pelo meio ambiente, sem recurso a sistemas de rega, o que permite produções equilibradas e uma extracção óptima do potencial de cada casta.
As grandes diferenças de altitude, de 150 a 500 metros, os solos xistosos e um microclima com variações térmicas extremas, permitem obter uvas de excelentes características e com terroirs únicos.
As vinhas de encostas escarpadas, criadas num clima quente e seco, proporcionam uvas com maturações mais pronunciadas e as de cotas mais altas e planas, com um clima mais fresco e húmido, proporcionam das uvas com mais frescura e vivacidade.
As castas tintas predominantes são a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão, Tinta Amarela e Sousão.
Nas castas brancas predominam o Rabigato, Códega, Gouveio, Moscatel Galego, Malvasia Fina e Viosinho.
As vinhas velhas, algumas quase centenárias, são constituídas por dezenas de castas diferentes, sendo dominantes as castas nativas e as tradicionais. A mistura de castas é intencional e, em vinhas de uva tinta, pode existir uma certa percentagem, por norma baixa, de castas de uva branca.
Estas vinhas velhas, conferem aos nossos vinhos um carácter e singularidade únicos e irrepetíveis.
Em algumas vinhas novas, continuamos a usar a esta forma de plantio de forma a preservar este património genético único no mundo para as gerações futuras.